domingo, 20 de março de 2016

Número Zero – Umberto Eco (2015)

Livro escolhido para a leitura do blog: Editora Record, 140 páginas



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“Os jornais não foram feitos para divulgar, mas para encobrir notícias.”
Braggadocio, Capítulo XV




Número Zero foi o último livro escrito pelo autor que faleceu no dia 19 de fevereiro de 2016.


O jornal Amanhã foi encomendado pelo Comendador que quer entrar para o clube de elite financeira. São doze edições números zeros que irão servir para chantagear, difamar e prestar serviços duvidosos, com o objetivo de que o Comendador possa demonstrar que pode pôr em dificuldades essa elite e quando esta o pedisse para parar com o jornal, ele desistiria do Amanhã e entraria para o clube.
Para a elaboração desse jornal, alguns redatores são unidos por acaso. São eles o redator-chefe, Simei, o assistente de direção, Colonna, Maia Fresia, Romano Braggadocio, Cambria, Lucidi, Palatino e Constanza.
Por que o jornal se chama Amanhã? Porque o jornal vai partir das notícias que já saíram para falar daquilo que poderia acontecer amanhã, ou seja, eles já sabem o que aconteceu, mas vão falar como se o leitor ainda não soubesse.
O livro vai nos dar uma aula de mal jornalismo. Vai nos dar lições de como são escritos os horóscopos, resenhas literárias, notas de falecimento, entrevistas, notícias e entre outras coisas que nos deixam com um pé atrás em relação às mídias.
Além dessa parte da redação do jornal, o livro também vai mostrar uma trama investigativa sobre Mussolini. Braggadocio, que vê conspiração em tudo ao seu redor, vai conduzir essa investigação. A trama é tecida em torno de uma sucessão de eventos dos últimos dias da Segunda Guerra Mundial até os ataques terroristas de 1970, com referências a muitas figuras dos últimos setenta anos da história italiana.



Laís - Fiquei decepcionada. Um autor conhecido mundialmente, eu esperava mais!! Começou bem, adorei as críticas ao jornalismo, mas a parte investigativa me deu a sensação de que Umberto Eco perdeu a mão. Nessas partes a narrativa se tornou meio torturante e o autor me perdeu, queria fazer qualquer coisa de menos ler aquilo, praticamente só passava os olhos, uma leitura quase dinâmica, porque não dava, sentia que podia estar lendo qualquer coisa melhor do que aquilo. Aguentei até o final, pois o livro é curto, mas a vontade era de abandonar. Ainda pretendo dar uma chance para O Nome da Rosa, vamos ver se esse me faz mudar de ideia em relação ao autor. Mas, mesmo eu tendo uma experiência ruim, aliás, péssima, outras pessoas podem gostar do livro. Bom, inevitável a gente encontrar obras que não nos agradem nessa vida. Nota: ⅖


Luiza - Nessa época em que se encontra o Brasil, cheio de problemas econômicos e políticos, ler esse livro tornou a experiência ainda mais interessante, tive muitos ensinamentos de como a mídia funciona. Sabia das constantes manipulações, mas não como eram feitas, e devo dizer que é muito impressionante e bem criativa. Mas a história em si desta obra deixa a desejar, achei que teria algo mais. Recomendo a quem gosta de teoria da conspiração ou deseja ler críticas bem construídas sobre o mal jornalismo. Nota: ⅗

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