segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Iracema - José de Alencar (1865)

Livro escolhido para a leitura do blog: Editora Panda Books, 168 páginas


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O livro conta a história de amor entre uma índia tabajara, Iracema, e um português, Martim, que é amigo da tribo pitiguara, inimiga da tribo de sua amada. Os tabajaras são aliados dos franceses enquanto os pitiguaras são aliados dos portugueses.   


A índia está na floresta quando, de repente, se assusta com a presença de um jovem homem branco que estava perdido na terra dos tabajaras. Ela o leva até  seu pai, o pajé Araquém, que o recebe em sua cabana. Martim conta que é amigo dos índios pitiguaras, mas, mesmo assim, é bem-acolhido pelo pajé. Naquela noite, Araquém oferece mulheres para o divertimento do português, só que este está apaixonado por Iracema mas, mesmo estando apaixonada também pelo rapaz, a virgem dos lábios de mel guardava o segredo da jurema (bebida mágica utilizada nos rituais religiosos, bebida de Tupã*) e, por isso, precisava manter sua virgindade. Isso reforça ainda mais o amor entre a índia e o português.
O casal terá que enfrentar outros problemas. Irapuã, chefe da nação tabajara, é apaixonado por Iracema e fica com ciúmes de Martim; ele vai fazer de tudo para se livrar do estrangeiro. Martim deseja/precisa voltar para o encontro dos amigos pitiguaras.


Para apreciar a leitura desse clássico romance, é bom não se desesperar com os nomes de plantas e animais que José de Alencar usa. Seu objetivo era falar da cultura dos índios daquela época, mas se a leitura for feita sem essa preocupação, fica muito mais legal de acompanhar a história de Iracema e Martim.
Esse livro, além de ser uma história de amor, é uma epopeia que relata o nascimento do estado do Ceará.
   
    Gostei do livro do início ao fim. Estava com medo dessa famosa obra de José de Alencar, mas essa edição da Panda Books esclarece bastante dúvidas que possam surgir durante a leitura, nem é preciso olhar um dicionário. Não é só a história de amor que achei legal, mas também ler sobre a cultura indígena e os portugueses chegando ao Brasil. O livro é curto e os capítulos também, a leitura fluiu bastante. O romance entre Iracema e Martim me lembrou Pocahontas da Disney. Nota 4/5


Laís Bechara

 

*Sobre Tupã: clique aqui

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