quarta-feira, 21 de setembro de 2016

As Aventuras de Pinóquio - Carlo Collodi (2012)

Livro escolhido para a leitura do blog: Editora Cosac & Naify, 360 páginas


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À partir de um pedaço de madeira dado pelo mestre Cerejo, o entalhador Geppetto constrói um boneco e lhe dá o nome de Pinóquio. “- Quero que se chame Pinóquio. Este nome lhe trará sorte. Conheci uma família inteira de Pinóquios. Pinóquio pai, Pinóquio mãe e Pinóquio filhos, e todos estavam muito bem. O mais rico deles pedia esmola.” Assim que Geppetto fez a boca do boneco, este já começou a rir e zombar dele. Mal terminou as mãos e o carpinteiro teve sua peruca roubada. Depois de ganhar os pezinhos, Pinóquio começou a correr pela oficina, depois pulou na rua e fugiu. Mal ganhou “vida” e já estava faltando respeito ao seu criador.
Pinóquio, durante a história, encontra personagens que lhe querem bem e lhe dão conselhos para que ele seja um boneco de bem, como o Grilo Falante e a Fada, mas ele ignora todos, seguindo sempre desobediente e desordeiro e deixando Geppetto muito preocupado. Durante o livro, o Grilo Falante descreve Pinóquio como “um malandro sabido”. Ele diz que o boneco “é um moleque, um indolente, um vagabundo (...) um filho desobediente, que matará de desgosto seu pobre pai”. O livro repete várias vezes que meninos que se rebelam contra os pais e que são desobedientes nunca terão felicidade e um dia se arrependerão.
Porém, apesar de todas as traquinagens de Pinóquio, ele tem um coração muito bom e pode ser que tome jeito um dia.
Para descobrir as aventuras do boneco enquanto estava longe de casa, é necessário ler o livro. ;)


O romance foi escrito originalmente em capítulos publicados no jornal infantil italiano de Ferdinando Martini, Giornale per i Bambini, entre julho de 1881 e janeiro de 1883, sob o título de História de um boneco. O autor havia a intenção de matar Pinóquio em uma de suas aventuras, porém, por causa da popularidade do personagem, foi necessário ressuscitá-lo. Collodi voltou a publicar os capítulos no jornal em 1882, mas com um novo título, As Aventuras de Pinóquio. “Esta edição da Cosac Naify respeitou a intenção original do autor e propõe uma pausa na leitura, justamente entre os capítulos quinze e dezesseis, de maneira que o leitor de hoje possa se imaginar contemporâneo a Pinóquio.”


Laís: Gostei do livro, mas não é uma das minhas histórias infantis preferidas. O livro segue um ciclo de desobediência e arrependimento que chegou a me deixar um pouco desinteressada. A leitura é tranquila e rápida e isso ajudou com que eu continuasse sem querer desistir do livro. É preciso esquecer o filme da Disney durante a leitura, pois tem muitos pontos diferentes (aliás, um filme que também não gosto tanto assim). Estou feliz de ter conhecido essa obra, valeu a pena conhecer as origens desse famoso boneco. (sem muito o que dizer pra hoje)
Nota: 3/5


Luiza: Apesar de ser uma obra muito fácil de ler, passei boa parte da leitura achando o personagem Pinóquio insuportável por causa da constante desobediência e arrogância, e isso me fez acreditar que talvez essa fosse intenção do autor, achei isso uma ótima estratégia. Então, esses dois fatores me fizeram dar contínuidade à leitura sem desistir e acabei gostando da história, e me fez pensar sobre qual seria as opiniões e as reações das crianças se alguém lesse o livro para elas. O livro inteiro é cheio de lições sobre o que acontece com as pessoas que vivem  desobedecendo, são mal educadas e mentem muito, e acho que a forma em que essas lições são mostradas são ótimas!
Nota: 2,5/5

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