quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Rei de Amarelo - Robert W. Chambers (1895)


Livro escolhido para a leitura do blog - Editora Intríseca

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Durante o fim do século XIX, o amarelo da cor das trajes do Rei constantemente mencionado no livro e que dá título à obra era considerado a cor do pecado, da mentira, da decadência, da podridão, da doença e da loucura.

Resumo do livro:

A obra “O Rei de Amarelo” é constituída de um volume de dez contos, sendo que esta se divide em duas partes. A primeira é composta por contos fantásticos em que uma peça de teatro O Rei de Amarelo é citada em todos eles, porém não temos conhecimento do conteúdo dessa peça, só sabemos que ela afeta os leitores física e psicologicamente. Antes de ler a peça, os personagens já têm conhecimento de que se trata de uma obra que possui uma beleza atrativa única, porém extremamente perigosa.
A segunda parte é composta por contos realistas. Entre as duas partes, há um conto que marca a transição de tipos de histórias, sendo um conto meio fantástico, mas já abordando temas realistas também. Os contos realistas são mais romanceados que os fantásticos, que tem uma dose de terror e suspense.
Muitos dos personagens dessa obra são artistas jovens e boêmios que estão em busca de algo, como a fé, a esperança ou a própria felicidade plena. Alguns são cristãos ou dotados de uma inocência que é importante para o desenvolvimento das histórias, pois, ainda assim, eles se consideram perdidos ou com dúvidas acerca das questões da vida. Durante a leitura, podemos perceber que todos os contos do livro podem haver uma relação entre si, pois alguns personagens possuem o mesmo nome, mas não fica claro se o autor está se referindo ao mesmo personagem.
Dentro desta edição tem notas de rodapé que nos ajudam a fazer as análises de trechos que o autor deixa em aberto à imaginação ou à percepção dos leitores, levando em relação os personagens, o ambiente em que o conto se passa e a data. Através disso, podemos perceber que a maioria dos personagens são franceses ou americanos que estão vivendo no final do século XIX, nas ruas de Paris ou na Bretanha, uma região da França muito estimada pelo autor.
Esse livro de Robert W. Chambers influenciou autores como H. P. Lovercraft, Raymond Chandler, Stephen King, Neil Gaiman, entre outros. E na primeira temporada da série True Detective, um certo Rei de Amarelo é figura-chave.

Nossas opiniões como leitoras:

Laís - Minha experiência com O Rei de Amarelo não foi boa. Tinha criado uma expectativa muito grande por causa da primeira temporada de True Detective. Quando terminei o primeiro conto, pensei que não tinha gostado muito, porque estava começando a entender a narrativa do autor, mas conforme fui lendo, o livro foi se tornando maçante e, a cada conto que eu lia, tinha vontade de abandonar o livro para passar para outro que iria me entusiasmar mais. Os contos fantásticos foram os que menos entendi, parecia que sempre que eu terminava de ler um deles, alguma coisa ficava no ar, talvez fosse a intenção do autor ou talvez deixei alguma coisa passar. Os contos realistas, na minha opinião, tiveram histórias um pouco repetitivas. Os personagens do livro não me cativaram. Mas isso não quer dizer que todas as pessoas que forem ler o livro terão a mesma experiência ruim que eu tive. Nota: 2

Luíza - Antes da leitura, tinha alguma expectativa de ser um ótimo livro por ter influenciado muitos autores famosos e quis saber o que o livro tinha para ser tão marcante. Durante a leitura dos primeiros contos, os de fantasia, comecei a achar que as histórias possuíam acontecimentos um tanto estranhos e muito repentinos, que não fazem nenhum sentido. Talvez a intenção do autor era essa mesmo, deixando à imaginação do leitor, para intrigá-lo, porém, não gostei de que eles fossem tão “sem pé e nem cabeça”. A parte realista, a meu ver, era um pouco repetitiva e cansativa. Tenho preferência por histórias de fantasia, mas nesse caso, tanto os contos fantasiosos quanto os realistas, me deixaram a desejar. Mas, apesar disso, acho que a obra foi feita com grande criatividade e com escrita fácil de ser lida. Para mim, a leitura valeu muito a pena, pois agora sei o que influenciou os autores. Nota: 3,5

2 comentários:

  1. Quase comprei esse livro pela capa (achei a ilustração incrível!). Mas, assim como vcs, tinha criado uma expectativa que provavelmente não seria atendida. Acabei não lendo. Ótima resenha meninas!

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  2. Livros são como gente - nem sempre o externo coincide com o interior...

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